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EDITORIAL | O Amapá e a escuridão do Brasil


Fortaleza de São José, em Macapá /AP, vista aérea, SETUR/Divulgação.
Fortaleza de São José, em Macapá /AP, vista aérea, SETUR/Divulgação.

IEE. 1 ano. Atualizado 18/11/20 - 18h03, via InfoMoney

Vivemos num país rico em fontes de energia renováveis e não renováveis. Temos um sistema de transmissão de energia elétrica que interliga quase a totalidade do território brasileiro. Trata-se de um mercado tão lucrativo que o Índice de Energia Elétrica (IEE) - carteira que reúne os ativos mais negociados e representativos do setor elétrico brasileiro na Bovespa - já basicamente se recuperou do baque que sofreu no início da pandemia.


Desde o dia 3 de novembro de 2020, contudo, o Estado do Amapá enfrenta momentos de escuridão. Enquanto fontes oficiais do governo afirmam que as causas estão sendo investigadas, a imprensa já aponta que a causa foi um incêndio numa subestação em Macapá. Terça-feira, dia 17, veio a público que a empresa responsável pela subestação reportou à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ainda no mês de abril, sobre suas dificuldades para lidar com eventuais falhas no serviço em virtude da pandemia. A ANEEL nega falhas na fiscalização. De toda forma, ainda não se vislumbra uma solução viável e sustentável no longo prazo.


Assim, há 15 dias, o Estado do Amapá tem enfrentado recorrentes apagões entremeados por situações de racionamento que têm levado seus habitantes ao limite. Há 15 dias, as pessoas sofrem com o calor e veem seus alimentos estragarem. Há 15 dias, hospitais, postos de saúde e outros locais de atendimento não tem condições de tratar de forma plena pessoas enfermas em meio a uma pandemia. Há 15 dias, não é possível afirmar se vacinas e medicamentos que dependem de refrigeração, assim como sangue e derivados, estão estocados de maneira apropriada.


A Initia Via Editora possui diversos autores e leitores amapaenses ou residentes no Amapá e, por este motivo, vem lhes prestar solidariedade neste momento tão difícil.

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