Regulação das Sexualidades nas Sociedades: bissexualidade e seus atravessamentos
In: III Congresso de Diversidade Sexual e de Gênero [recurso eletrônico] críticas feministas, LGBTs e queers, volume 4 / organização Maíra Cristina Corrêa Fernandes, Gabriella de Morais, Marcelo Maciel Ramos. - 1. ed. - Belo Horizonte [MG]: Initia Via, 2019.
ISBN 978-85-9547-069-9
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Este artigo tem por objetivo discorrer a respeito da regulação da sexualidade a partir do século XVII, bem como explicitar a maneira pela qual a sexualidade passou a ser objeto de estudo e controle da ciência, com o fim de naturalizar e patologizar os corpos. Também objetivou-se problematizar a vivência do sujeito bissexual, enquanto não-heteronormativo e não-monossexual, marcadores sociais estes que lhe confere atravessamentos específicos. A metodologia que direciona esse trabalho é a pesquisa bibliográfica, com a finalidade de proceder a um resgate histórico acerca dos conceitos de sexo/gênero/sexualidades a partir das perspectivas elaboradas por Michel Foucault, Joan Scott, Judith Butler, Guacira Lopes Louro e Gil Ricardo Hermenegildo, sendo, os dois últimos, autores brasileiros. Observou-se que, com a ascensão da burguesia ao poder, houve uma captura da sexualidade pelos discursos científicos, tanto da Medicina quanto da Psicologia, passando a estabelecer a heterossexualidade compulsória enquanto norma e, por decorrência, a patologização das sexualidades que escapam à matriz sexual.
Palavras-chave: Gênero; Sexo; Sexualidade; Bissexualidade.